Mil Vezes Adeus de John Green
Título Original: Turtles All the Way Down
ISBN: 9789892340753
Edição ou reimpressão: 11-2017
Editor: Edições Asa
Páginas: 368
Género: YA, Romance
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Bertrand
Goodreads: 3,99✯(aqui)
Sinopse
Não era intenção de Aza, uma jovem de dezasseis anos, investigar o enigmático desaparecimento do bilionário Russell Pickett. Mas estão em jogo uma recompensa de cem mil dólares e a vontade da sua melhor amiga Daisy, que se sente fascinada pelo mistério. Juntas, irão transpor a distância (tão curta, e no entanto tão vasta) que as separa de Davis, o filho do desaparecido.
Mas Aza debate-se também com as suas batalhas interiores. Por mais que tente ser uma boa filha, amiga, aluna, e quiçá detetive, tem de lidar diariamente com as suas penosas e asfixiantes «espirais de pensamentos». Como pode ser uma boa amiga se está constantemente a pôr entraves às aventuras que lhe surgem no caminho? Como pode ser uma boa filha se é incapaz de exprimir o que sente à mãe? Como pode ser uma boa namorada se, em vez de desfrutar de um beijo, só consegue pensar nos milhões de bactérias que as suas bocas partilham?
Neste tão aguardado regresso, John Green, autor premiado de A Culpa É Das Estrelas e À Procura de Alaska conta, com dolorosa intensidade, a história de Aza, numa tentativa de partilhar connosco os dramas da doença que o afeta desde a infância. O resultado é um romance brilhante sobre o amor, a resiliência, e o poder da amizade.
A Minha Opinião
Este livro para o desafio Choose For Me, que consistia em criar pares aleatórios entre as pessoas que queriam participar e a pessoa que nos calhasse teria de escolher, de entre uma secção de livros feita por nós, um livro para lermos. Quem me calhou foi a Ricarda, ela tem um canal de youtube (podem conhecer clicando aqui), e foi este o livro que ela escolheu para eu ler.
Eu já tinha este livro na estante à algum tempo, proveniente duma troca, e apesar de eu já ter lido pelo menos 3 ou 4 livros do John Green, eu ia a medo, porque os finais dele deixam-me sempre enervada, mas vamos primeiro à história.
Este livro é contado sob o ponto de vista da Aza, uma adolescente, orfã de pai, que vive basicamente no seu mundo, e nos seus devaneios de doenças. Ela tem uma ferida num dedo, que ela de certa forma alimenta e nunca deixa cicatrizar e tem um medo terrível que aquilo infecione, e que apanhe uma data de doenças, e isso acaba por lhe consumir a mente e a vida.
Num dia, é divulgada a noticia de que um bilionário Russell Pickett desapareceu quando ia para ser detido e é oferecida uma recompensa a quem tiver informações sobre o seu paradeiro. Daisy, a melhor amiga de Aza, fica logo de orelhas em pé, porque é muito dinheiro e assim poderia deixar de trabalhar para ter dinheiro para a universidade, e Aza que tem uma veia de detetive acaba por entrar na ideia maluca e começam a investigas, fazendo com que Aza se reencontre com um velho amigo, Davis, filho do bilionário desaparecido.
Este livro mexeu com o meu sistema nervoso. Eu sou muito sensível a ver feridas e coisas do género, e a forma de ela descrever a forma como limpa a ferida no dedo, e como está preocupada que ela infecione e o que pode lá entrar, meio que deu comigo em doida, porque eu agora tomo muita atenção a essas coisas. Pouco depois de ler o livro cortei-me na mão direita e até estava com medo de tocar em alguma coisa e infecionar, posso dizer que me transtornou um bocado e eu não era muito preocupada com estas coisas.
Eu até meio do livro, mais ao menos, tinha esperança que este fosse um dos meus livros favoritos do John Green, mas depois a coisa descarrilou. Para contextualizar, temos dois pontos neste livro, a Aza e a sua doença, a forma como ela lida com ela, e o desaparecimento do ricaço. Este segundo perde-se um bocado, e a história foca-se muito na forma como a Aza vive, e é um bocado vira o disco e toca o mesmo, ela e as bactérias. Tem vontade de fazer algo, mas depois pensa nas bactérias, e que pode morrer, e torna-se cansativo, ou pelo menos para mim, tornou-se. E o pior é que de um momento para o outro começa o tempo a passar e quando dou por mim a história acabou com um final que na minha opinião deixou a desejar.
Um dos grandes problemas dos livros do John Green, são os finais, já no A Cidade de Papel, eu odiei o final e estragou-me o livro todo, e aqui foi o quase o mesmo, só que eu aqui precisava de um bom final para dar ânimo, não sei explicar. Muitas pessoas até podem gostar, eu simplesmente não percebi, devia ter sido mais esmiuçado.
Apesar disto, o livro tem coisas positivas, logo para começar o tema que aborda, toda a questão da doença da Aza, que eu não me lembro se lhe é dada um nome, mas que eu associo a transtorno obsessivo compulsivo, neste com doenças e micróbios. De certa forma, e sendo este livro para jovens, passa a mensagem que há mais pessoas assim, que é possível viver, mesmo que com algumas limitações e que devem sempre procurar ajuda. Uma das coisas que eu gosto nos livros do John Green, pelo menos nos que li, é que é sempre baseado em adolescentes diferentes, ou que pelo menos não são iguais aos outros, por mais que muitas vezes se tornem invisíveis para os demais.
Além disso, é muito fácil conseguirmos conectar-nos com o que a Aza diz sobre a vida, porque lá no fundo não nos apercebemos no dia-a-dia, mas ela tem muita razão naquilo que diz. Deixo aqui uma pequena transcrição do livro com a qual concordei, e isto logo nas primeiras páginas do livro.
“(…) Começava a aprender que a vida é uma história, contada sobre ti, não uma história que tu contas. É claro que finges que és a autora. Tem de ser. (…) Pensas que és a pintora, mas és a tela.”
Em suma, eu recomendo este livro a adolescentes, por mais que alguns livros deste género se adaptem a qualquer idade, sinto que este não é um deles, e que esta faixa etária se vai identificar muito mais com esta história e por isso desfrutar da leitura.
Classificação
Edições Pelo Mundo Fora
Quanto às capas, de destacar pela originalidade que faltou um bocado pelo mundo mundo todo, a Portuguesa, que apesar de não perceber o sentido do título, tem uma capa muito gira e a Sueca, que para quem leu o livro, percebe que tem tudo a ver com a história!
Não estão aqui todas, porque a maioria são iguais à americana só muda o título…
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