Às vezes, um livro desafia as nossas expectativas e nos leva a um território inexplorado. “A Vegetariana” de Han Kang é um desses casos.
A história gira em torno de Yeong-hye, uma mulher que decide se tornar vegetariana depois de pesadelos perturbadores. O que parece ser uma escolha dietética comum se transforma em uma jornada angustiante de autodescoberta e repressão. Han Kang explora temas profundos, como identidade, alienação e o conflito entre o indivíduo e a sociedade.
Eu, sinceramente, tive uma experiência difícil com este livro. A narrativa é intensamente simbólica, e em muitos momentos, senti-me perdido na complexidade dos personagens e de suas ações. A história é repleta de metáforas e alegorias que podem ser interpretadas de várias maneiras, tornando-a uma leitura desafiadora.
No entanto, reconheço o valor da obra. A escrita de Han Kang é poética e evocativa, e a forma como ela explora as profundezas da psique humana é notável. Os temas abordados são universais e, para muitos leitores, esta é uma leitura profundamente impactante.
“A Vegetariana” é um daqueles livros que podem não agradar a todos, mas que definitivamente provoca reflexão. Se procuras uma narrativa desafiadora que explore as complexidades da mente humana e da sociedade, esta obra pode valer a pena.
Em última análise, os livros nem sempre precisam ser agradáveis para serem valiosos, e “A Vegetariana” é um exemplo eloquente disso. Esta não foi a minha melhor leitura, mas respeito a coragem e a profundidade da autora ao contar esta história única.
Classificação
Sobre o Livro
A Vegetariana da Han Kang
ISBN: 9789722061070
Edição: 09-2016
Editor: Dom Quixote
Páginas: 512
Género: Romance
Goodreads: 3,58✯(aqui)
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Wook
Bertrand
Sinopse
Uma combinação fascinante de beleza e horror.
Ela era absolutamente normal. Não era bonita, mas também não era feia. Fazia as coisas sem entusiasmo de maior, mas também nunca reclamava. Deixava o marido viver a sua vida sem sobressaltos, como ele sempre gostara. Até ao dia em que teve um sonho terrível e decidiu tornar-se vegetariana. E esse seu ato de renúncia à carne – que, a princípio, ninguém aceitou ou compreendeu – acabou por desencadear reações extremadas da parte da sua família. Tão extremadas que mudaram radicalmente a vida a vários dos seus membros – o marido, o cunhado, a irmã e, claro, ela própria, que acabou internada numa instituição para doentes mentais. A violência do sonho aliada à violência do real só tornou as coisas piores; e então, além de querer ser vegetariana, ela quis ser puramente vegetal e transformar-se numa árvore. Talvez uma árvore sofra menos do que um ser humano.
Este é um livro admirável sobre sexo e violência – erótico, comovente, incrivelmente corajoso e provocador, original e poético. Segundo Ian McEwan, «um livro sobre loucura e sexo, que merece todo o sucesso que alcançou». Na Coreia do Sul, depois do anúncio do Man Booker International Prize, A Vegetariana vendeu mais de 600 000 exemplares. Aplaudido em todos os países onde está traduzido, é um best-seller internacional.
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