“Todos os Amanhãs” da Mélissa Da Costa é um romance que me surpreendeu e emocionou profundamente. A trama acompanha Amande Luzin, uma jovem que, após sofrer uma perda devastadora, se refugia numa casa isolada na zona rural de Auvergne, na França. Amandé procura esconder-se do mundo e da sua dor, mergulhando num luto que a consome por completo.
O ambiente sombrio e o silêncio da casa refletem perfeitamente o estado de espírito da protagonista, que vive à sombra do passado, evitando qualquer contato com a luz e o calor do mundo exterior. No entanto, a vida de Amande começa a mudar quando ela encontra os diários e calendários da antiga proprietária da casa, a senhora Hugues. Através dessas instruções detalhadas para cuidar do jardim e preparar receitas, Amande começa uma jornada de recuperação e transformação.
A autora, Mélissa Da Costa, conduz essa narrativa de uma forma extremamente sensível e poética. Ela não revela imediatamente o que aconteceu com Amande, permitindo que o leitor sinta o peso da dor e a profundidade do sofrimento da personagem. É através das pequenas tarefas diárias e da conexão com o jardim que Amande começa a encontrar pequenos sinais de esperança e renovação, construindo, pouco a pouco, um novo amanhã.
Gostei muito da forma como a história de Amande é uma metáfora para a superação e o renascimento. A cada semente plantada e a cada novo dia, ela redescobre o amor próprio e encontra forças para seguir em frente. É uma leitura que nos toca profundamente, especialmente para aqueles que já experimentaram perdas significativas e buscam uma forma de seguir em frente.
Se gostaste de P.S. Eu Amo-te, este livro certamente irá tocar-te de uma maneira semelhante. “Todos os Amanhãs” é uma história sobre resiliência, amor e a capacidade de florescer mesmo nos momentos mais sombrios da vida.
Leitura com o Apoio
Classificação
Sobre o Livro
Todos os Amanhãs da Mélissa Da Costa
ISBN: 9789897870989
Edição: 04-2023
Editor: Suma de Letras
Páginas: 296
Género: Romance
Goodreads: 4,25✯(aqui)
Compre:
Wook
Bertrand
Sinopse
Um hino maravilhoso à natureza que nos reconcilia com a vida.
É num verão brilhante e insuportável que a jovem Amande Luzin entra pela primeira vez na casa que arrendou na zona rural francesa de Auvergne. Para a acolher, encontra janelas fechadas, escuridão e silêncio: um refúgio.
É ali, longe de todos, que decide esconder-se para viver o seu luto. Amande nunca abre as portadas e raramente sai à rua, evitando a interferência da luz na sua vida. Até que, um dia, encontra os diários e calendários da antiga proprietária, a senhora Hugues. Numa caligrafia redonda e elegante, há instruções detalhadas para os cuidados do jardim e para a confeção de receitas, uma espécie de almanaque caseiro.
Amande é uma mulher da cidade que nunca usou galochas nem utensílios de jardinagem. No entanto, apesar da dor que a corrói, decide seguir as instruções da senhora Hugues e recuperar o jardim abandonado, um espaço que parece mágico. A cada semente, encontra um rebento: no pântano da sua dor, cada amanhã traz uma pequena e perfumada promessa de futuro.
P.S: Este post contém links de afiliados. Para saber mais sobre clique aqui.