A minha primeira experiência com os livros da Leslie Wolfe, “A Cirurgiã”, revelou-se uma experiência intrigante e intensa. Este thriller médico cativa o leitor com detalhes meticulosos de procedimentos cirúrgicos, embora, em alguns momentos, a trama se desenrole mais lentamente do que deveria.
A narrativa apresenta-nos a protagonista, uma cirurgiã de sucesso que tinha tudo – carreira, uma bela casa e um marido dedicado. No entanto, o seu mundo desaba quando ela se depara com um dilema ético na sala de cirurgia. O livro inicia-se com a impactante declaração de óbito de um paciente que a cirurgiã não deveria ter operado, desencadeando uma série de eventos que ameaçam a sua carreira e a sua segurança.
Uma das maiores qualidades deste livro é a escrita fluída de Leslie Wolfe, que torna a leitura extremamente acessível. A sua capacidade de descrever procedimentos cirúrgicos com precisão é impressionante, imergindo o leitor no mundo da medicina com detalhes minuciosos. A atmosfera médica é autêntica e convincente.
No entanto, o ritmo da história deixa a desejar em algumas partes. A narrativa não desenvolve muito, andando um pouco sempre em redor do mesmo, o que se torna aborrecido a certo ponto. A história poderia ter beneficiado de uma progressão mais ágil para manter o interesse do leitor mais facilmente.
As personagens principais também são bastante interessantes. Nada é perfeito, nem mesmo para uma cirurgiã de renome.
Em suma, “A Cirurgiã” de Leslie Wolfe é um thriller médico que oferece uma imersão convincente no mundo da cirurgia. A autora demonstra habilidade na sua escrita e na construção de personagens complexos. No entanto, a narrativa ocasionalmente perde-se o que contribui para um desenrolar mais lento da trama. Ainda assim, a leitura é cativante e proporciona uma experiência autêntica no universo cirúrgico.
Classificação
Sobre o Livro
A Cirurgiã da Leslie Wolfe
ISBN: 9789895701575
Edição: 08-2023
Editor: Alma dos Livros
Páginas: 280
Género: Thriller
Goodreads: 3,90✯(aqui)
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Wook
Bertrand
Sinopse
Antes do meu mundo desabar, eu tinha tudo. A carreira de sucesso com que sempre sonhara. A bela casa onde podia sentar-me e relaxar confortavelmente depois de um longo dia de trabalho. O marido mais bonito e dedicado que poderia desejar, cujo sorriso encantador sempre me fizera sentir segura.
Até hoje nunca tinha perdido um doente.
Até hoje nunca tinha operado ninguém que odiava.
Quando declarei o óbito, a minha voz estava firme: «Hora da morte 13:47». Todo o pessoal, médicos e enfermeiros na sala de operações ficaram em silêncio à minha volta, a olhar para mim, confusos e preocupados. As minhas mãos tremiam dentro das luvas. O meu olhar deslizou pelas frias paredes de azulejo, com o coração a bater aceleradamente dentro do meu peito.
Se tivesse sabido antes de quem se tratava teria pedido a um colega que me substituísse. Ninguém estranharia; é um procedimento habitual não operar amigos, familiares ou… qualquer outra pessoa que possa comprometer a capacidade do cirurgião agir na sala de operações. Teria sido fácil. Mas que outra escolha podia ter feito depois de o reconhecer na sala de operações? E o que vou fazer para me proteger, se alguém descobrir?
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