Desde o momento em que li a sinopse de “Toda a Gente Nesta Sala um Dia Há de Morrer”, fiquei intrigada com a premissa única e promissora. Uma protagonista que lida com ansiedade extrema e acaba por assumir uma posição numa igreja católica, mesmo sendo ateia e lésbica, parecia o cenário perfeito para uma comédia inteligente e cheia de reviravoltas.

Desde o início, a forma como Gilda consegue o emprego na igreja pareceu-me bastante irreal, o que gerou um certo desapontamento inicial. Ao entrar na história, percebi que minhas expectativas não foram correspondidas. O livro, apesar de curto, tornou-se uma experiência frustrante. A personagem principal, as Gilda, com as suas paranoias constantes e a sua obsessão pela morte, acabou por me irritar profundamente. A família, aparentemente alheia aos seus problemas, contribuiu para minha crescente frustração.

Enquanto avançava pelas páginas, ansiava por um desenvolvimento mais satisfatório da história e por um desfecho que amarrasse todas as pontas soltas. Infelizmente, o final aberto e a falta de resolução de certos aspetos da história deixaram-me insatisfeita e desanimada.

Apesar de todas as minhas críticas, reconheço que o livro tem o seu mérito. A escrita é ágil e fluida, facilitando a leitura, e a premissa inicial é intrigante. No entanto, os pontos negativos, como a narrativa arrastada e o desfecho inconclusivo, acabaram por prejudicar minha experiência geral de leitura.

Concluindo, “Toda a Gente Nesta Sala um Dia Há de Morrer” tinha o potencial para ser uma história envolvente e cativante, mas, infelizmente, não conseguiu cumprir suas promessas. Para os leitores que procurarem de uma comédia leve e divertida, talvez seja melhor procurar noutro lugar.

Classificação

Rating: 2.5 out of 5.

Sobre o Livro

Toda a Gente Nesta Sala um Dia Há de Morrer de Emily Austin
ISBN:
9789895649747
Edição: 04-2022
Editor: TopSeller
Páginas: 288
Género: Romance
Goodreads: 3,86✯(aqui)
Compre:
Wook
Bertrand

Sinopse

Gilda não consegue parar de pensar na morte, imaginando cenários terríveis e improváveis que a deixam de coração aos saltos e com falta de ar. A sua ansiedade é tão grave, que os funcionários das urgências já a conhecem. Desesperada por encontrar algum alívio, dirige-se a uma igreja católica que oferece serviços de psicoterapia, onde é recebida pelo padre Jeff, que depreende que ela está ali para uma entrevista de emprego. Demasiado envergonhada para o corrigir, Gilda confirma e acaba por ser contratada como recepcionista, para substituir a antiga funcionária, Grace, uma mulher idosa recentemente falecida.

O problema é que Gilda não só não é católica como também é ateia e lésbica. Sentindo que tem de manter as aparências, decide aprender os procedimentos da igreja, enquanto tenta ganhar coragem para lavar a pilha de louça que se acumula no chão da sua casa e convencer a namorada de que, apesar do seu aspeto cada vez mais preocupante, está tudo bem consigo.

No decorrer das suas funções, Gilda encontra a correspondência trocada entre Grace e a sua velha amiga Rosemary, mas não tem coragem de lhe dar a má notícia, pelo que começa a fazer-se passar por Grace por e-mail, encontrando algum consolo naquela troca de palavras generosas. Contudo, quando a morte de Grace começa a ser investigada pela polícia, Gilda vê-se obrigada a lidar com as mentiras que contou e que podem revelar a toda a gente a forma como tem verdadeiramente vivido.

P.S: Este post contém links de afiliados. Para saber mais sobre clique aqui.

Please follow and like us:

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

Social media & sharing icons powered by UltimatelySocial