A conversa de hoje é com uma autora que até ao momento apenas tem um livro publicado em Portugal, mas que na realidade são muitas as séries que já escreveu. Com cidadania britânica e australiana, a autora publicou o seu primeiro livro em julho de 2011 e acompanhava um agente secreto britânico Dan Taylor, posteriormente começou outra série de uma detetive Kay Hunter, que já conta com 9 livros publicados, e sobre a autora nos fala nesta conversa, que hoje é com a Rachel Amphlett.

Antes de mais, obrigada pela oportunidade de conversar consigo. Quando é que percebeu que queria ser escritora?

Obrigada por me receber no seu blog, Liliana!

Acho que foi no momento em que as histórias que eu tinha na minha cabeça não se iam embora – foi quando eu soube que tinha que começar a escrevê-las. É a mesma coisa agora – se houver uma ideia em particular que não me deixe em paz, eu tenho que escrevo a história.

Em Portugal, infelizmente, apenas “Alguém está a mentar” se encontra traduzido. Como surgiu a ideia para o enredo?

Sempre gostei de mistérios em salas fechadas e num dia a ideia de um assassinato dentro de uma scape room, surgiu na minha cabeça – era o cenário moderno perfeito para o género, e eu queria descobrir se poderia escrevê-lo. Foi muito divertido e realmente incentivou-me, como escritora, a tentar descobrir como o assassino conseguiu matar!

Atualmente tem uma série de livros com o Detetive Kay Hunter, que já tem 9 livros publicados até ao momento. Para os leitores portugueses que ainda não conhecem esta história, quem é este detetive e o que podemos encontrar nestes livros?

Eu queria escrever de uma nova perspetiva dos populares livros de detetives e assim os leitores poderão descobrir que, em vez de ter uma vida doméstica desfeita e ser um detetive que quebra as regras constantemente, Kay Hunter faz parte de uma equipa dedicada e unida. Os leitores compararam a série a programas de TV como NCIS e Law & Order: Criminal Intent pela boa ligação entre Kay e os seus colegas.

Kay é resiliente, corajosa e feroz quando se trata das vítimas e das suas famílias, e leva sua equipa ao limite para resolver as investigações e levar os assassinos à justiça.

As histórias são pesquisadas meticulosamente – estudei arqueologia forense e antropologia e cursos de ciência forense para garantir que as investigações são o mais realistas possível, e tenho uma equipa de especialistas forenses e policiais à disposição para me ajudar.

Porém, nada disso diminui o ritmo – os livros são leituras rápidas!

Os livros também têm um lado mais leve, graças ao companheiro de Kay, Adam, que é veterinário – nunca sabe que animal ele vai levar para casa até que Kay entre em casa!

No próximo mês de julho, o décimo volume da série, A Darker Place, estará disponível. O que os leitores podem esperar deste livro?

Eu diverti-me muito a escrever este livro – as cenas de abertura são assustadoras, e espero que os leitores gostem dos choques e reviravoltas que esta investigação traz. Aqui está a descrição:

O corpo congelado de um homem é descoberto em um pátio de carros usados no dia mais quente do ano, com o rosto contorcido de medo e dor.

A detetive Kay Hunter e sua equipa são designados para o caso, mas quando descobrem quem é a vítima, os seus piores medos se concretizam.

Está a desaparecido outro homem – mas ele é uma vítima ou um assassino?

Com o tempo a esgotar-se e as testemunhas com medo de falar, Kay é lançada numa das investigações mais desafiadoras de sua carreira até hoje.

A tradução desta série em Portugal está para breve ou ainda não há novidades?

Ainda não há novidades, mas se alguma editora portuguesa estiver a ler e tiver interesse, contacte-nos!

Escreve thrillers psicológicos e livros de crime de mistério. Qual é o seu favorito?

Eu não tenho um subgénero favorito de ficção policial – tudo depende da próxima ideia que vier à minha cabeça. Fico animada quando isso acontece, porque muitas vezes empurra-me para fora da minha zona de conforto para ir e aprender algo novo a fim de contar a história com a melhor das minhas habilidades.

Usa storyboards ou processos para desenvolver seus enredos e interações, ou segue seu instinto e intuição?

Faço isto há mais de dez anos e, embora tenha planeado cerca de metade dos meus primeiros dois livros, hoje em dia tendo a seguir meus personagens. Frequentemente, quando começo, tenho a cena de abertura pensada na minha cabeça e nada mais. Geralmente descubro o que está a acontecer ao mesmo tempo que as minhas personagens!

Qual é a sua parte favorita do seu processo de escrita?

Toda a parte da escrita! Eu escrevo todos os dias e volto e atualizo partes e peças à medida que prossigo, então, quando termino, tenho um manuscrito completo, que é enviado para ser editado profissionalmente.

Alguma vez pensou que seus livros seriam traduzidos para vários idiomas?

Sempre esperei que fossem, mas é realmente emocionante falar com diferentes editoras para ver como podemos trabalhar em conjunto e, em seguida, ter o livro traduzido e concluído nas minhas mãos quando é publicado – nunca me cansarei disso.

Quão importante é a opinião do leitor para si?

É importante para mim contar a melhor história que puder num determinado momento, e que os leitores gostem dos meus livros, mas tento não ler muitas opiniões – algumas pessoas podem ser desagradáveis por causa disso, e eu prefiro perder tempo a escrever o próximo livro.

Que conselho daria a aspirantes a autores ou estreantes?

Divirta-se – e publique o que escreve. Então vá e escreva o próximo livro.

Quais autores mais admira e a influenciaram?

São tantos os autores que admiro e que me influenciaram. Escritores como Michael Connelly, Robert Crais, Lee Child … todos aqueles que começaram há 20 anos e têm publicado novas histórias de forma consistente, são aqueles que me inspiram a continuar a fazer o mesmo.

Pode dar-nos alguma ideia sobre quaisquer livros ou projetos futuros em que esteja a trabalhar?

Os livros 11 e 12 da minha série da Detetive Kay Hunter estão concluídos e aguardam para ir para os editores, e o livro 4 da minha série do Detetive Mark Turpin também está a aguardar uma edição – o terceiro livro da série, The Lost Boy, será lançado em outubro de 2021. Atualmente estou a pesquisar para meu próximo projeto e espero começar a escrevê-lo no final de maio.

Por fim, o que gostaria de dizer aos leitores portugueses?

Obrigada! Realmente, agradeço todo o vosso apoio maravilhoso e espero partilhar mais alguns dos meus livros em português num futuro não muito distante.

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