O tema de hoje para o nosso sábado de marketing continua no bookstagram, mas desta vez na vertente do autor. Como contactar um bookstagrammer para promover um livro é do que vos venho falar, mais precisamente dos pontos essenciais a ter em conta. Se és autor este post é para ti, caso sejas bookstagrammer aconselho-te a ler este sobre publicidade no bookstagram.

Muito vemos e lemos sobre crescer nas redes sociais e conseguir parcerias sejam elas remuneradas ou não. A verdade é que é sempre na vertente de influencers e nunca da do patrocinador.

Confesso que como criadora de conteúdo literário tenho muita dificuldade em ter coragem para abordar um autor para lhe pedir um livro, na verdade nunca o fiz, contudo não tenho qualquer problema em contactar uma editora e fazer uma proposta. Por isso todas as parcerias com autores foram propostas pelos mesmos. Já quando falamos das entrevistas, 95% das mesmas foram propostas por mim.

Já tive algumas abordagens, umas melhores, outras piores. Umas que rejeitei, outras que aceitei. Tal como o criador de conteúdo tem que filtrar os pedidos que recebe, o próprio patrocinador que filtrar os pedidos que faz.

Rejeitei propostas de livros não eram o meu género de leitura. Se ia receber um livro de graça? Sim. Mas ia ser um sacrifício ler. Se já me sai ao lado os livros que eu acho que vou gostar, quanto mais um que não é…

Podem dizer, mas Liliana, podias gostar. Sim, mas eu vou dar a minha opinião sobre o livro, o autor vai disponibilizar-me um exemplar, vai ter um custo, dá jeito que eu goste. E nem vou entrar pelas reviews pouco honestas.

Há todo um processo no momento em que se vai contactar um bookstagrammer para publicitar um livro. Trata-se de uma campanha de marketing, um acordo entre partes. E por mais que se promova o “vamos apoiar o que é nacional”, não deixa nunca de ser um acordo.

Escolher os Bookstagrammers indicados

Por mais que aquele perfil tenha 10 mil seguidores, de nada vos interessa se promove essencialmente policiais e vocês escreveram um romance, o objetivo é contactar o bookstagrammer como se de um recrutamento se tratasse, ou seja, encontrar as pessoas ideais.

Vocês podem dizer: Ah, mas a pessoa pode aceitar, gostar e dar uma boa review e haver pessoas nos 10 mil seguidores que gostam de romances. Sim, é verdade, mas já reparam nos Talvez?

Outra coisa a ter em atenção é no trabalho da pessoa com quem vão trabalhar. Identificam-se com o conteúdo? Com a forma como a pessoa dá a sua opinião?

Não liguem ao número de likes, hoje em dia não o podemos comparar, principalmente quando em grupos de interação se ganha 1000 likes num piscar de olhos, acreditem, em tempos vendi a minha alma ao diabo à custa disso.

Resumindo, às vezes mais vale um pequeno perfil com uma audiência fiel, do que um grande, eu sei que parece estranho, mas é verdade.

Interagir

Por mais que achem que o autor está a fazer um favor ao criador de conteúdo, eu vejo as coisas de forma diferente.

Imaginem que o instagram é uma página de jornal, uma montra ou no seguinte exemplo: Uma publicação de um criador de conteúdo chega a Z pessoas, enquanto uma vossa chega a 10% de Z. Quem acham que está a fazer um favor a alguém?

E vocês podem dizer, mas eu não sei a quantas pessoas ele chega. Peçam um Media Kit, informações, analisem o perfil, principalmente se colocar dinheiro vivo ao barulho.

O que eu quero dizer é que vocês têm todo interesse em seguir a pessoa, comentar os posts (não se metam a comentar os antigos todos, dá mau aspeto), e colocarem-se na pele do consumidor.

Apresentar uma proposta de valor

É algo comum de se ouvir quando se fala de conseguir parcerias. Neste caso eu acho que o autor tem de apresentar uma boa proposta ao criador de conteúdo, e não, não tem de ser necessariamente dinheiro.

Muitas vezes passa por saber o que realmente quer, ser assertivo, e saber comunicar. Parece fácil, só que não, a maioria encalha na primeira parte. Querem vender o livro, mas não sabem como. Se querem review, onde querem, quantas fotos, nos stories, noutras plataformas.

Há quem leve a mal. Já ouvi dizer, não me pagam para mandar no que eu faço, mas também, na minha opinião fica bem saberem o que querem, mostrar que se interessam, que têm uma estratégia delineada. E obviamente devem sempre estar abertos a contrapropostas.

Já agora tenham logo aqui em conta como o criador de conteúdo fará se não gostar do livro. Sejam honestos com vocês mesmos. Por mais que façam uma escolha pensada pode acontecer, e não sejam daqueles tipos de autores que não aceitam isso. Coloquem a pessoa à vontade quanto a isso, acreditem que só vos trará coisas boas.

Apoia a pessoa que está a partilhar o teu livro

Básico, e muitas vezes esquecido.

Vou dar o meu exemplo. Eu faço entrevistas a autores, conhecidos e desconhecidos do grande público, não ganho dinheiro com isso, não peço nada em troca. Até há pouco tempo nem pedia para partilharem. Eu na minha inocência achava que a pessoa chegaria lá, só que nem sempre aconteceu, por isso passei a ser explicita, é o melhor.

Também vi nos stories uma pessoa a queixar-se do mesmo. Toda a boa vontade tem limites… e tudo se sabe.

Se for no instagram, partilhem nos stories, identifiquem, comentem o post, guardem (é importante para o criador de conteúdo), passado uns tempos, voltem a partilhar.

Não é o dinheiro que está em causa, é o reconhecimento pelo trabalho. Se a pessoa tiver um blogue ou um canal no Youtube partilhem o post/vídeo nas vossas redes sociais, principalmente se não for no instagram (por causa dos links).

Às vezes basta partilhar, fazer chegar o projeto aos vossos amigos, seguidores, fãs e ambas as partes ganham.

Enquanto autores seguem o bookstagram?
Contem tudo nos comentários e até ao próximo post!

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