Uma Abelha na Chuva
de Carlos de Oliveira
ISBN: 978-989-711-059-7
Edição ou reimpressão: 01-2020
Editor: Livros do Brasil
Páginas: 112
Coleção: Miniatura
Género: Romance
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Goodreads: 3,66✯ (aqui)
Sinopse
Álvaro Rodrigues Silvestre vive um casamento falhado e estéril, gerado pela conveniência de antigos interesses familiares, na pequena aldeia de Montouro, espaço provinciano onde todas as biografias se cruzam, se intrometem umas nas outras. Num outono chuvoso e lamacento, as vidas dos protagonistas de Uma Abelha na Chuva afundam-se num ciclo trágico de mentiras, vingança e amores frustrados, que põe a nu a estrutura social de um Portugal pobre, desamparado, do século xx. Lançada em 1953, esta é uma obra incontornável do neorrealismo português, que marca o reconhecimento literário de Carlos de Oliveira, e que em 1971 deu origem ao filme homónimo do realizador Fernando Lopes.
«A abelha foi apanhada pela chuva: vergastadas, impulsos, fios do aguaceiro a enredá-la, golpes de vento a ferirem-lhe o voo. Deu com as asas em terra e uma bátega mais forte espezinhou-a. Arrastou-se no saibro, debateu-se ainda, mas a voragem acabou por levá-la com as folhas mortas.»
A Minha Opinião
O que dizer sobre este livro, bem… não tenho muito.
Em pouco mais de 100 páginas andamos para trás no tempo e conhecemos Álvaro Silvestre um homem de posses que vive um casamento falhado e que depois de ter feito algumas maldades, fica com o peso na consciência e quer anunciar ao mundo que é um impostor, só que a sua esposa fará de tudo para o impedir.
Dizer que não percebi nada deste livro é a maior das verdades. Não percebi o propósito, não percebi nada de nada, desde da primeira página à última.
A escrita é demasiado elaborada, depois não marca os diálogos, e passa de descrições para falas, sem que o leitor se aperceba, isso ou eu sou muito distraída.
O meu interesse por ele foi através de um video da Vanessa Teixeira, que falou muito bem desta obra, e eu fiquei interessada. Quando a Livros do Brasil lançou esta edição, aproveitei a oportunidade.
Admito também que não estou habituada a ser clássicos, por isso não me enquadro com este tipo de escrita, tipo de discurso comum na época, apesar de para camponeses pobres era demasiado elaborado.
Contudo admito que a história tinha potencial, de um lado um homem estéril, rico, mas da terra, que acaba por cometer algumas fraudes instigado pela mulher. Esposa esta, que era da nobreza até a sua família ficar falida e ser obrigada a casar com um camponês rico para a salvar da desgraça. Apesar de tudo, não me liguei às personagens, não senti que a história avançasse, para mim acabou sem jeito.
É um livro que não recomendo a toda a gente. Pessoas que gostem de literatura mais clássica, provavelmente são as pessoas indicadas para ler este livro, mas para quem não tem esse hábito, não recomendo que comece por este.
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