33 Cartas de Montmartre
de Nicolas Barreau
Título Original: Die Liebesbriefe von Montmartre
ISBN: 9789898866998
Edição: 07-2020
Editor: Editora Minotauro
Páginas: 244
Género: Romance
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Goodreads: 3,82✯ (aqui)
Sinopse
Ao perder a mulher, prematuramente, Julien Azoulay, escritor aclamado, deixa de acreditar no amor, perde a fé no lado mais feliz da vida – e com ela sua capacidade de escrever. Antes de morrer, Hélène faz o marido prometer-lhe que lhe escreverá 33 cartas, uma por cada ano da sua curta vida. Para seu espanto, Julien dá-se conta de que esta «correspondência», que deixa numa gaveta secreta na campa da mulher, no cemitério de Montmartre, acaba por ser o seu único conforto na perda.
Até que um dia descobre que as cartas desapareceram e, no lugar destas, encontra alguma pistas… O que Julien não sabe é que alguém o observa. Alguém que lê as cartas e que o quer ajudar. Alguém que se apaixonou por ele.
A Minha Opinião
Julien perdeu a esposa devido ao cancro, ela antes de morrer pede-lhe que escreva 33 cartas, uma por cada ano da sua vida. Ele, escritor de profissão, demora meses a escrever a primeira, perdido entre o filho e o seu próprio sofrimento. Mas depois de começar, percebe o quanto aquelas cartas o ajudam a superar a perda.
Além a história de Julien, vamos descobrindo pela voz dele, Paris, com foco em Montmarte que é um bairro parisiense, com um cemitério muito descrito no livro, mas que confesso que depois de uma pesquisa no Google me desiludiu. Independentemente disso, as descrições do autor fazem-nos viajar para aquele bairro, e isso é muito bom.
Gostei bastante do Julien, é um bom homem que está a passar por um período difícil, mas tem a mente sã. Fuma muito, mas preocupa-se com o filho acima de tudo. Senti empatia por ele, como não senti por outras personagens em livros anteriores.
Cemitério de Montmartre, Paris, França (Escolhi a melhor foto que encontrei) |
De negativo destaco o tamanho do livro. É muito curtinho, e muitas vezes não aborda as questões a fundo, e passa tudo muito depressa. Contudo isto também é um ponto positivo para quem não gosta de palha, e quer um livro leve e simples de ler, depende dos vosso gosto. Como eu cada vez mais gosto de livros que não me aborreçam, e que me transportem para outras realidades, por isso esta leitura foi agridoce.
Este livro não é uma inovação, encontramos semelhanças com “P.S. Eu amo-te” ou “Tudo o Que Não Dissemos”, só que numa relação inversa, pois aqui é o cônjuge vivo que enviar as cartas para o falecido, e não o contrário. Não descobrimos segredos da falecida, ela está lá no seu cantinho, mas sim acompanhamos a forma de Julian de lidar com a dor, e ele vai relatando isso à sua esposa, esteja ela onde estiver.
É sem dúvida um livro que recomendo para quem gosta destas histórias, em que se ultrapassa a dor da perda e se percebe que a vida não terminou.
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