Eu há muito que conhecia a Louise Penny, contudo nunca tinha lido nada dela, apesar de estar, ao longo dos anos, de olho em alguns livros dela. Mas este lembrava-me uma dupla, James Patterson e Bill Clinton, e obviamente que eu tinha de ir ver o que a Hillary Rodham Clinton e Louise Penny tinham feito em Estado de Terror.

Esta foi uma leitura conjunta com a Rute do @choppereads.

Neste livro conhecemos a Ellen ex-dona de uma grande cadeia de televisão americana que aceita o cargo de secretária de estado, de um presidente que ela não queria de maneira alguma que ganhasse. Estranho? Sem dúvida, uma vez que o presidente não esconde o facto de não gostar dela. Na realidade lembrou-me um caso recente em que o presidente chamou a sua opositora para se juntar à equipa.

Os EUA, vinham de um executivo danoso, com um lunático como presidente, claramente uma referência ao Donald Trump (com ligações à Rússia e tudo), e muitas das relações com alguns países estava deteriorada. Logo na primeira viagem de estado Ellen falha, mas já era esse o objetivo.

Contudo na Europa, autocarros explodem. Ninguém sabe quem é a organização terrorista por detrás dos ataques, mas três cidades europeias têm atentados, Londres, Paris e Berlim. Os Estados Unidos da América, tentam prestar auxílio, mas também se tentam proteger. Ellen lança-se numa busca pelos culpados no oriente, juntamente com a sua melhor amiga e conselheira Betsy, a filha, e uma colaboradora, em quem não sabe se pode confiar.

É um livro atual, é um livro completamente adaptado aos dias de hoje, e ao que os Estados Unidos da América viveram nos últimos anos, mas também um thriller político. As relações entre países, os protocolos (que a Ellen se esforça a cumprir), tudo isto é interessante. Até meio do livro, a história é deveras interessante. Afinal quem são os culpados?

Bem a partir da metade a coisa começa a descambar. Interessante, mas por um lado confuso. Muita informação, muita coisa a acontecer ao mesmo tempo, do outro lado muito “à filme”. Muito sinceramente tenho dúvidas que a secretária de estado possa fazer tudo aquilo que descrevem, e agir de certa maneira… Por isso aí senti que elas perderam o norte.

Quanto às personagens, temos muitas. As principais, Ellen e Betsy, a dupla de amigas desde a primária, resulta muito bem. Nas notas de agradecimento a autora conta que esta personagem é inspirada na melhor amiga de Hilary, que faleceu antes do livro ser publicado.

A Ellen é uma força da natureza, mesmo perante as maiores adversidades, com tudo contra ela, inclusive o seu presidente, ela não baixa os braços, e por isso, este é também um livro com bastante girl power, e que mostra que por mais que nos rebaixem, se lutarmos conseguimos mostrar o que valemos.

Em suma, gostei da leitura. Viajamos pela Alemanha, Irão, Afeganistão, Rússia, e sem dúvida que se aprende bastante. Para quem gosta de thrillers políticos vai gostar desta leitura. Obviamente que todo o conhecimento da Hilary enquanto secretária de estado foi importante para que o livro se torne mais verídico!

Classificação

Rating: 3.5 out of 5.

Leitura com Apoio

porto editora

Sobre o Livro

Estado de Terror da Hillary Rodham Clinton & Louise Penny

Estado de Terror da Hillary Rodham Clinton & Louise Penny
Título Original:
State of Terror
ISBN: 9789720034984
Edição: 10-2021
Editor: Porto Editora
Páginas: 512
Género: Thriller Político
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Bertrand
Goodreads: 4,13✯(aqui)

Sinopse

Estado de Terror é um thriller único e totalmente envolvente, coescrito por Louise Penny, uma das romancistas mais vendidas do New York Times, vencedora de vários prémios, e Hillary Rodham Clinton, a 67.ª secretária de Estado dos EUA.

Depois de um período tumultuoso na política dos EUA, um novo governo acaba de tomar posse, e, para surpresa de todos, o Presidente escolhe um inimigo político para o cargo vital de secretário de Estado. Uma jogada astuta por parte do Presidente, já que, desta forma, mantém sob seu controlo um dos seus críticos mais severos.

Poucas semanas depois desta nomeação, terroristas desferem uma série de terríveis golpes. Com o Departamento de Estado em desordem e descrédito, a nova secretária de Estado esforça-se por descobrir o que está a acontecer e o que acontecerá a seguir. A esta crise acresce o estado em que o anterior governo deixou o país: sem muitos amigos ou aliados, os Estados Unidos estão isolados, alheados dos assuntos internacionais e excluídos da diplomacia.

A secretária Adams percebe rapidamente que a conspiração é complicada, que os riscos são enormes e os inimigos do Estado estão muito mais próximo do que ela jamais poderia ter imaginado. Para dar luta, cria uma equipa de aliados, que inclui a sua própria filha, uma jovem e apaixonada oficial do serviço de relações exteriores e também a sua melhor amiga e conselheira.

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